Desejos reprimidos e não aceitos se manifestam através de ódio e agressões
O presente artigo procura mostrar como os desejos reprimidos e não aceitos se manifesta. De que forma e porque se manifesta através de ódio e agressões?. Você irá saber também por meio de um estudo realizado pelas universidades de Rochester, Essex e Califórnia, nos Estados Unidos, que revela que as pessoas homofóbicas sentem atração por pessoas do mesmo sexo. Irá entender que estes desejos reprimidos pode desencadear vários problemas emocionais e no âmbito da sexualidade, a homofobia que é vista como uma doença, que pode até ser involuntária e impossível de controlar, em reação à atração, consciente ou inconsciente. O comportamento agressivo em relação aos homossexuais seria uma forma de reprimir o desejo sentido que, por uma série de motivos, o indivíduo considera errado (a criação recebida dos pais, por exemplo). Por fim, o presente artigo fará uma ligação com Homofobia e medo, abordando a homofobia internalizada, uma vez que as consequências da homofobia pode ser definida como o medo, a aversão, ou o ódio irracional aos homossexuais.
Palavras-Chave: Desejos reprimidos, ódio e Agressão, Homofobia, Psicologia e Comportamento.
Introdução Os desejos reprimidos, odiados, não aceitos por alguma razão, segundo a teoria freudiana estão armazenados no nosso inconsciente. Os instintos sexuais são os mais reprimidos, visto que a religião e a moral da sociedade colabora para isso. Mas, é aí que o mecanismo de censura torna-se mais falho, permitindo assim que apareçam sintomas neuróticos. Explicando a sua teoria da sexualidade, Freud afirma que há sinais desta logo no início da vida extra-uterina, constituindo a libido. A libido envolve do nascimento à puberdade, períodos de gradativa diferenciação sexual. A primeira fase é chamada de período inicial, onde a libido está direcionada para o próprio corpo, oral e anal. A segunda fase, o período edipiano, que se caracteriza por uma fixação libidinal passageira entre os 4 e os 5 anos, também conhecida como "complexo de Édipo", pelo qual a libido, já dirigida aos objetos do mundo exterior, fixa a sua atenção no genitor do sexo oposto, num sentido evidentemente incestuoso. Por fim o período de latência, iniciado logo após a fase edipiana, só irá terminar com a puberdade, quando então a libido toma direção sexual definida. Esses períodos ou fases são essenciais ao desenvolvimento do indivíduo, se ele as resolver bem será sadio, porém qualquer problema que porventura ele tiver em superá-las, certamente iniciará um processo de neurose. Último dos pilares da psicanálise, a transferência, é também uma arma, um trunfo usado pelos psicanalistas para ajudar no tratamento do paciente. Naturalmente, o paciente irá transferir para o analista as suas pulsões, positivas ou negativas, criando vínculos entre eles. O tratamento psicológico deve, então, ser entendido como uma reeducação do adulto, ou seja, uma correção de sua educação enquanto criança. Assim, Freud desenvolveu um método de tratamento que se pode igualar a uma "arqueologia da alma", onde o psicanalista busca trazer à luz as experiências traumáticas, os desejos reprimidos e não aceitos que provocaram os distúrbios psíquicos da pessoa. Ou seja, fazendo com que o paciente se encontre consigo mesmo encontrando a cura. Comportamento das pessoas que têm desejos reprimidos Esconder um desejo ou negar é reprimi-lo em nosso inconsciente, mas porque reprimimos algum desejo? Devido a toda a carga negativa que aprenderam e assimilaram a respeito deste desejo. Nossa estrutura psíquica só funciona bem quando atendemos a ela, o nosso inconsciente age como se fosse uma panela de pressão todo desejo reprimido odiado por explodir a qualquer momento, ou seja, quando a pessoa não queima essa energia tentando repudiá-la a qualquer custo, ela pode desencadear uma carga negativa. Por exemplo: a homofobia internalizada nada mais é do que os desejos reprimidos e não aceitos. Ou seja, é a negação da própria orientação sexual da pessoa, onde os valores homofóbicos presentes em nossa cultura podem resultar em um fenômeno chamado homofobia internalizada, através da qual as próprias pessoas podem não gostar de si pelo fato de serem homossexuais, devido a toda a carga negativa que aprenderam e assimilaram a respeito. Observe que a pessoa apenas escondia esse desejo, mas agora passou a odiá-lo. Este ódio tem uma grande força psíquica de destruição, em sua mente quer que o outro seja realmente destruído, pois a ele ou ela incomoda. Ou seja, este processo interno de ódio e repudio aos próprios desejos homossexuais é chamado de homofobia internalizada e se manifesta olhar com de rejeição e ódio ao próximo, até as mais conhecidas como agressão verbal e física. Para saber mais sobre homofobia internalizada leia um outro artigo de minha autoria disponível no link:
http://www.jornaldacidadeonline.com.br/leitura_artigo.aspx?art=2737
Pesquisa realizada (comprovação) Um estudo realizado pelas universidades de Rochester, Essex e Califórnia, nos Estados Unidos, revela que as pessoas homofóbicas sentem atração por pessoas do mesmo sexo. O comportamento agressivo em relação aos homossexuais seria uma forma de reprimir o desejo sentido que, por uma série de motivos, o indivíduo considera errado (a criação recebida dos pais, por exemplo). A pesquisa foi publicada no mês de abril de 2012, no “Journal of Personality and Social Psychology” composta por quatro experimentos distintos, cada um envolvendo em média 160 estudantes universitários, entre alemães e norte-americanos. Com o intuito de explorar a atração sexual explícita e implícita dos participantes, os pesquisadores mediram as discrepâncias entre o que as pessoas diziam sobre sua orientação sexual e como eles reagiam durante uma tarefa. Para o primeiro experimento, palavras e imagens eram mostradas aos participantes na tela de um computador e, então, era pedido para que as classificassem como "gay" ou "hétero". Para a segunda parte, os estudantes foram incentivados a buscar fotos de pessoas do mesmo sexo ou do sexo oposto. Ambos os testes foram realizados para entender a atração sexual implícita. Nos dois testes finais, os pesquisadores buscaram saber qual o tipo de criação familiar dos estudantes e suas opiniões políticas e crenças. Para medir o nível de homofobia na própria casa, os participantes responderam questões como: "Seria perturbador para minha mãe descobrir que ela estava sozinha com uma lésbica" ou "Meu pai evita homens gays sempre que possível". A Universidade da Georgia selecionou 64 homens que se apresentavam como sendo exclusivamente heterossexuais. Todos foram entrevistados e classificados em um índice de homofobia, de 0 a 100. Com isso, foram compostos dois grupos: os não homofóbicos (de 0 a 50) e os homofóbicos (de 50 a 100). Os participantes usaram um aparelho que mede qualquer sinal de ereção. Exposto a vídeos pornográficos entre adultos heterossexuais e homossexuais masculinos e femininos, o grupo classificado como homofóbico teve tumescência e ereção significativas diante dos vídeos de sexo entre homossexuais masculinos. Segundo a pesquisa, os resultados fornecem novas evidências para apoiar a teoria psicanalítica de que a ansiedade, medo e aversão por pessoas homossexuais pode ser uma reação de quem se identifica com o grupo, mas não aceita isso. Segundo o estudo, são pessoas que, com medo do julgamento alheio, reprimem e negam seus instintos e desejos.
Como se manifestam estes desejos reprimidos? Os desejos reprimidos e repudiados se manifestam de diversas maneiras, e em sua forma mais grave resulta em ações de violência verbal e física, no caso da homofobia podendo levar até o assassinato de uma pessoa. Nestes casos, a fobia, é uma doença, que pode até ser involuntária e impossível de controlar, em reação à atração, consciente ou inconsciente, por uma pessoa do mesmo sexo. A homofobia também é responsável pelo preconceito e pela discriminação contra pessoas LGBT, por exemplo, no local de trabalho, na escola, na igreja, na rua, no posto de saúde. A homofobia é típica de pessoas que, consciente ou inconscientemente, ainda têm muitas dúvidas e angústias sobre sua própria identidade sexual. Como mecanismo de defesa de sua insegurança, estas pessoas costumam ridicularizar e agredir os homossexuais. Casos muitos graves de homofobia levam o sujeito a fazer investidas como o assassinato de homossexuais.
Por que a pessoa reprime um desejo e considera como proibido?
Existem diversos motivos para a pessoa negar e reprimir um desejo, o motivo mais conhecido é que aprendeu que é errado praticá-lo e em sua mente é pecado e proibido. Quando tentamos encobrir, negar, reprimir um desejo, a pessoa sente uma cobrança interna por uma das estrutura da mente chamada id. O id é o reservatório inconsciente das pulsões, as quais estão sempre ativas. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências indesejáveis. O nosso ego funciona a nível consciente e pré-consciente, regido pelo princípio da realidade, ou seja, para essa pessoa este desejo é inadequado e pode ser satisfeito, mas reprimido. E, parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição. Por exemplo, existem diversos motivos porque uma pessoa que descobre ter atração por pessoas do mesmo sexo tem para se trancar dentro de si e esconder estes desejos dos outros, por um lado a sociedade que cobra, por outro é a educação que essa pessoa teve lhe ensinou que homem só pode ter relação sexual com mulher, e mulher com homem. Em função disso essa pessoa reprime este desejo e passa a faze o gosto der uma sociedade hipócrita, de seus amigos e familiares etc, Essa pessoa pode manifestar esse desejo através do ódio ou agressões que é a homofobia, ou no faz de conta essa pessoa mantém sua postura de homem bem sucedido, mas parte-se para uma vida dupla casando-se, tendo filhos, mas continuando saindo com homens, (vida dupla, é ter duas pessoas, neste caso o homem tem sua esposa, mas também mantém um caso com outro homem por fora). Muitos levam sua vida dupla, e declaram serem felizes. Mas como ninguém é igual a ninguém, em outras pessoas tais desejos ficam reprimidos e de forma tão agressiva e inconsciente que acaba gerando a própria homofobia explícita (ódio de homossexuais, ou melhor, de seus desejos homossexuais percebidos no outro).
O comportamento homofóbico
É expresso em diversas manifestações pelo mundo e gera polêmica em um contexto social que procura diminuir a discriminação. Os estudos sobre homofobia revelam que esse pensamento tem os mesmos motivos do racismo, sendo condenado por uma sociedade convencional que não aceita as diferenças. As causas da homofobia não são recentes, elas ganharam forma ao longo do tempo devido à incapacidade do ser humano em aceitar as diferenças e conviver pacificamente. Insultos, gestos obscenos, agressões e até mesmo assassinatos são algumas das conseqüências da homofobia. No Brasil, as manifestações homofóbicas continuam intensas, definidas como uma epidemia nacional. O nosso país registra o maio índice de agressões de todos os tipos, a vergonha é que o Brasil está conhecido lá fora como um país que mais assassinam homossexuais. A raiz do comportamento homofóbico está na Idade Média, quando a Igreja Católica passou a dominar o mundo e começou a condenar qualquer tipo de relacionamento homossexual. As pessoas que tinham uma orientação sexual diferente foram perseguidas pela Santa Inquisição. Depois desse período, não houve paz para a vida dos homossexuais, eles continuaram a ser marginalizados por uma sociedade hipócrita que atravessou décadas mantendo essa visão ultrapassada. Durante a segunda Guerra Mundial a homofobia também prevaleceu, tanto que os nazistas capturaram homossexuais e enviaram para campos de concentrações. Tamanha desinformação da área acadêmica. As faculdades de psicologia, não discute sobre a homossexualidade abertamente muitos professores nem sabem lidar com o assunto. Lembrando que estes de psicologia serão futuros psicólogos que estudaram a alma humana, suas angústias e paixões, suas neuroses, saúde mental e que não saberão nada de homossexualidade, orientação sexual. Carregarão consigo o preconceito e a deturpação que a sociedade já possui (o que, tecnicamente, não vai ajudá-los em nada). Se o papel da ciência é ajudar. Se o papel das faculdades é facilitar o desenvolvimento e o bem estar social. Nada mais justo que ela comunique, informe e eduque, com informações atualizadas e corretas. Afinal, a orientação sexual está presente no nosso dia-a-dia, seja em nossa família, vizinhos, colegas de trabalho, ou amigos mais próximos. E ignorar tudo isso é consentir com a mais pura ignorância.
A manifestação dos desejos reprimidos assim como a homofobia, estes desejos se manifestam de várias maneiras, desde de um olhar com rejeição e ódio ao próximo, até as mais conhecidas como agressão verbal e física. A homofobia é uma patologia internalizada é a negação da própria orientação sexual do agressor. Por ele não se aceitar a si mesmo pelo fato de ser também homossexual, tal medo é tão irracional e inconsciente que acaba descarregando sua energia negativa por meio de agressão e destruição. Essa fobia que significa medo está presente na cultura e na educação da nossa sociedade, pois mesmo nas pessoas que não têm tendência homossexual, a homofibia é manifestada por meio do preconceito, independente de nível social dessas pessoas. Poucas pessoas sabem o que é união homoafetiva. De um lado o direito protege a dignidade da pessoa humana, e ampara os direitos das pessoas do mesmo sexo, do outro lado vivenciamos uma sociedade contaminada de preconceitos e demagogia. As autoridades reconhecem que faltam políticas públicas, e mais informação por parte da mídia em relação à união homoafetiva. Falta uma pedagogia legislativa e educacional nas escolas, abordando temas sobre sexualidade, está na hora da sociedade saber e entender que estamos em pleno século XXI, e que seus filhos precisam ser educados com base na realidade, alguns pais têm tabu de falar em sexo na frente dos filhos, pois sabemos que esses pais foram educados com valores dogmáticos religiosos, por exemplo, na visão da igreja católica sexo é sinônimo de reprodução, assim, em seus ensinamentos o casamento entre um homem e uma mulher não está inteiramente ligado ao amor, mas sim a reprodução por meio do sexo. Observe que tal preconceito dessas pessoas em relação à união homoafetiva está associado a reprodução humana, mas nem sempre o casamento.
_____________________________________
Valdivino Alves é Psicanalista, Pedagogo, Psicopedagogo e graduando em Psicologia. Consultor em educação, empresarial e Gestão de Pessoas RH. Mestre em Psicologia Organizacional e Doutorado em Psicanálise Clínica. Atua na área de Psicologia e Psicanálise com abordagem junguiana, cognitivo-comportamental, psicossomática e somatização. O foco de seu estudo é o comportamento, desenvolvimento humano, autoconhecimento, o resgate da autoestima e o amor-próprio. Atualmente apresenta o programa "Autoconhecimento" pela Rádio Web Educativa.
É Contador, Bacharel em Direito, Matemático, Professor nos cursos de Pedagogia, Matemática, Ciências Contábeis e Administração na modalidade presencial e a distância. Autor de 06 Livros.
Jornalista Freelancer e Assessor de imprensa (Mtb 60.448), com elaboração de matérias e notas. É colaborador do Jornal da Cidade, escreve sobre: Educação, Comportamento Humano, Legislação e Direito, entre outros assuntos. Contato: E-Mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. Site: www.valdivinoalves.com.br
Sobre o Autor
Detalhes do Artigo
Artigos Recomendados
Senti tontura, ardência nos olhos, dor de cabeça, agulhadas no coração e palpitação cardíaca, isso só pode ser trabalho de vuduísmo ou encanto na mulherada. Depois criaram esse tal de homofobia. Alegando que o homofóbico é um homossexual reprimido. De onde vem isso?
Isso só pode ser o capitalismo interessado que as mulheres virem sapatão para tirar as lojas comerciais da crise econômica.
Eu quase fui agredida na rua. Eu nunca fui nem pensei em ser lésbica. Sempre gostei de homem. Por que isso? E até hoje algumas mulheres me olham de cara feia achando que eu sou sapatão. Por que o sistema está incentivando a mulherada a isso? Para atender o interesse do capitalismo. Essa homofobia é uma farsa. Está se faturando milhões com essa homofobia no mercado.
Comentar Ver todos 1 comentários